Mundo
Novos contornos no caso Epstein após divulgação de cartas e fotografias com figuras públicas
O caso de Jeffrey Epstein continua a fazer correr tinta. Além de Donald Trump, o empresário relacionava-se com muitas figuras poderosas e personalidades internacionais, com as quais mantinha correspondência. Entre as especulações sobre as relações com o presidente norte-americano, surgem agora cartas inéditas, escritas pelo ex-primeiro-ministro israelita Ehud Barak ou pelo cineasta Woody Allen, e fotografias do interior da mansão de Epstein.
Como prenda pelo seu 63.º aniversário em 2016, foram compiladas fotografias e cartas escritas a Epstein por várias figuras poderosas tanto do entretenimento como da política. Correspondência divulgada na terça-feira pelo New York Times, enquanto ainda surgem especulações sobre os laços que o empresário condenado por abuso sexual teria com o atual presidente dos Estados Unidos.
Uma das cartas inéditas era de Ehud Barak e da esposa, na qual referiam que Epstein não tinha “limites para a sua curiosidade”.
Apelidando o empresário de “colecionador de pessoas”, o antigo primeiro-ministro de Israel escreveu que Epstein era “como um livro fechado para a maioria, mas sabe tudo sobre todos”.
“Que tenha uma vida longa e saudável e que todos nós, seus amigos, possamos desfrutar da sua mesa por muitos mais anos”, lê-se na mesma carta.
Uma das outras cartas expostas esta semana era de Woody Allen, na qual relembrava os jantares do empresário, condenado por crimes sexuais, na sua casa em Upper East Side. Na nota, o cineasta descrevia esses encontros como “sempre interessantes”, referindo a presença de “políticos, cientistas, professores, mágicos, comediantes, intelectuais, jornalistas” e ainda “membros da realeza”.
“Eu e a minha mulher Soon-Yi somos convidados para jantares muitas vezes. Sempre aceites, sempre interessantes”, escreveu, começando a descrever a comida como “suntuosa e abundante”.
Allen referia que havia “muitos pratos e sobremesas” e que eram “muito bem servidos”.
“Digo bem servidas, muitas vezes, por algum mordomo profissional e, com a mesma frequência, por várias jovens, fazendo lembrar o Castelo de Drácula, onde Lugosi tem três jovens vampiras a servir”, continua a carta do realizador, que o compara Epstein ao Drácula, que vive também sozinho numa mansão.Na compilação de cartas, encontram-se ainda documentos escritos pelo magnata bilionário da Mortimer Zuckerman, de Noam Chomsky e da esposa, do físico Lawrence M. Krauss, entre outros.
Krauss reagiu à publicação no NYT afirmando que não se lembrava da carta, mas que esteve em "vários almoços com debates muito interessantes" com cientistas, autores e outros na casa de Epstein.
Além das cartas, o jornal norte-americano também publicou fotos do interior da mansão de sete andares de Epstein, em Manhattan. As imagens mostram um tigre empalhado no escritório e, supostamente, uma cópia da primeira edição de “Lolita” — o controverso romance de 1955 sobre a obsessão sexual de um homem de meia-idade por uma menina de 12 anos, além do abuso sexual e violação dela.
Na denominada "sala de massagem", onde muitas vítimas menores de idade dizem ter sido abusadas sexualmente por Epstein, o NYT revela que havia pinturas de mulheres nuas, prateleiras com lubrificantes e uma grande bola de prata presa com correntes.
Numa outra parte da casa, havia dezenas de fotografias emolduradas onde se via Epstein ao lado de antiga parceira, Ghislaine Maxwell, que atualmente cumpre pena de 20 anos de prisão por tráfico sexual. A publicação indica também a existência de retratos do empresário com figuras notáveis como o Papa João Paulo II, Mick Jagger, Elon Musk, Fidel Castro, Bill Clinton, Larry Summers, Richard Branson, o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, e o ex-assessor de Trump na Casa Branca Steve Bannon.
Como decoração da mansão Epstein, é referida a existência de um quadro com uma nota de um dólar assinada pelo cofundador da Microsoft, Bill Gates, com a mensagem "Eu estava errado!", que se acredita ser "possivelmente o pagamento de uma aposta". E ainda um mapa de Israel desenhado num quadro negro com a assinatura do ex-primeiro-ministro Barak.
Uma das cartas inéditas era de Ehud Barak e da esposa, na qual referiam que Epstein não tinha “limites para a sua curiosidade”.
Apelidando o empresário de “colecionador de pessoas”, o antigo primeiro-ministro de Israel escreveu que Epstein era “como um livro fechado para a maioria, mas sabe tudo sobre todos”.
“Que tenha uma vida longa e saudável e que todos nós, seus amigos, possamos desfrutar da sua mesa por muitos mais anos”, lê-se na mesma carta.
Uma das outras cartas expostas esta semana era de Woody Allen, na qual relembrava os jantares do empresário, condenado por crimes sexuais, na sua casa em Upper East Side. Na nota, o cineasta descrevia esses encontros como “sempre interessantes”, referindo a presença de “políticos, cientistas, professores, mágicos, comediantes, intelectuais, jornalistas” e ainda “membros da realeza”.
“Eu e a minha mulher Soon-Yi somos convidados para jantares muitas vezes. Sempre aceites, sempre interessantes”, escreveu, começando a descrever a comida como “suntuosa e abundante”.
Allen referia que havia “muitos pratos e sobremesas” e que eram “muito bem servidos”.
“Digo bem servidas, muitas vezes, por algum mordomo profissional e, com a mesma frequência, por várias jovens, fazendo lembrar o Castelo de Drácula, onde Lugosi tem três jovens vampiras a servir”, continua a carta do realizador, que o compara Epstein ao Drácula, que vive também sozinho numa mansão.Na compilação de cartas, encontram-se ainda documentos escritos pelo magnata bilionário da Mortimer Zuckerman, de Noam Chomsky e da esposa, do físico Lawrence M. Krauss, entre outros.
Krauss reagiu à publicação no NYT afirmando que não se lembrava da carta, mas que esteve em "vários almoços com debates muito interessantes" com cientistas, autores e outros na casa de Epstein.
Além das cartas, o jornal norte-americano também publicou fotos do interior da mansão de sete andares de Epstein, em Manhattan. As imagens mostram um tigre empalhado no escritório e, supostamente, uma cópia da primeira edição de “Lolita” — o controverso romance de 1955 sobre a obsessão sexual de um homem de meia-idade por uma menina de 12 anos, além do abuso sexual e violação dela.
Na denominada "sala de massagem", onde muitas vítimas menores de idade dizem ter sido abusadas sexualmente por Epstein, o NYT revela que havia pinturas de mulheres nuas, prateleiras com lubrificantes e uma grande bola de prata presa com correntes.
Numa outra parte da casa, havia dezenas de fotografias emolduradas onde se via Epstein ao lado de antiga parceira, Ghislaine Maxwell, que atualmente cumpre pena de 20 anos de prisão por tráfico sexual. A publicação indica também a existência de retratos do empresário com figuras notáveis como o Papa João Paulo II, Mick Jagger, Elon Musk, Fidel Castro, Bill Clinton, Larry Summers, Richard Branson, o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, e o ex-assessor de Trump na Casa Branca Steve Bannon.
Como decoração da mansão Epstein, é referida a existência de um quadro com uma nota de um dólar assinada pelo cofundador da Microsoft, Bill Gates, com a mensagem "Eu estava errado!", que se acredita ser "possivelmente o pagamento de uma aposta". E ainda um mapa de Israel desenhado num quadro negro com a assinatura do ex-primeiro-ministro Barak.